Entrada #9: Nobody Wants This. But wait, I do!
Uma reflexão a respeito da série Ninguém Quer, Netflix e a volta das rom-com
Seria eu cringe?
Confesso que gastei pouco, ou nada, do meu tempo refletindo sobre o termo cringe. Se você for como eu, que teve que pesquisar quando se deparou com essa expressão pela primeira vez, facilito aqui: “utilizado para designar algo ou alguém brega, sem noção, ultrapassado e até forçado”1. Nesse caso em específico, eu me enquadraria como alguém brega.
Meu crush em gênero cinematográfico são as comédias românticas, as rom-com. Anseio pelos meet-cute2, pelos cenários nova-iorquinos, pelos papéis clichês dos casais que de início não são compatíveis e pelos finais totalmente previsíveis.
São filmes como O Casamento do Meu Melhor Amigo, O Amor Não Tira Férias, Mensagem para Você, A Proposta, Como Perder um Homem em Dez Dias e tantos outros o motivo pela qual assino os canais de streaming e pago fortunas nos ingressos de cinema.
Infelizmente, de tempos para cá, não há tantos lançamentos desse estilo de filme. Talvez um problema de mudança de gosto das novas gerações? Só sei que, de repente, começou a ser brega e ultrapassado. Não me pergunte o que veio a substituir, simplesmente não me interesso. Mas era o sinal de que as comédias românticas estavam com seus dias contados. Quanta tristeza!
E se você, Leitor, for como eu (novamente!) e estava passando por uma espécie de sofrimento amoroso, daquela dor do amor não correspondido, trago boas novas.
Semana passada, não desgrudei, durante meu escasso tempo livre, da série Ninguém Quer (título original: Nobody Wants This), recém-lançada na Netflix. Resumidamente, a série trata de um romance entre uma podcaster e um rabino e as dificuldades de um relacionamento amoroso entre diferentes religiões, mais precisamente entre um judeu e uma sem-religião3.
Já no primeiro episódio eu recuperei a esperança, há tempos já perdida, nas produções de comédias românticas. Que sopro de ar fresco que foi! Admito: me empolguei.
Tem tudo do melhor, inclusive, o tempo de duração que, por ser uma série, podemos degustar em episódios com uma sensação de um deleite mais duradouro. Tem o drama aliado ao humor, tem clichês, tem uma pitada em dose certa de conflitos existenciais com um quê de moralidade e tem podcast (meu mais novo vício).
E para você, da Geração Y, que, assim como eu, assistia The O.C., há um bônus: você se apaixonará pelo Adam Brody novamente. O Seth Cohen é, agora, o Noah4. Aquele judeu nerd e gentil, que nutria uma paixão pela Summer, descolada e popular, agora cresceu e virou um nerd sofisticado com conhecimentos em teologia e que se apaixona, de novo, pela moça bonita e popular, a Joanne.
Seria esse um retorno das comédias românticas? Espero que sim pois, se isso for ser cringe, I’m a hopelessly devoted.
Definição: https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/meet-cute. A primeira vez que me deparei com esse termo foi assistindo O Amor Não Tira Férias, que encanto!
A meu ver, não fica claro se ela é ateia ou agnóstica. Se tiver algum palpite ou comentário, por favor, manifeste-se!
Um agradecimento especial ao meu marido pela perspicácia em fazer essa conexão. Nunca assistiu The OC mas nitidamente sabe com quem casou.
Adorei! Preciso assistir essa série!
Sou cringe igual então kkkk você quem me apresentou The OC, agora me fez ver essa série que eu tanto quero rs ou melhor, that I want kkkk