Já mencionei aqui que idealizava esse meu projeto, agora nomeado Janelas, há um bom tempo. Aconteceu o que acontece quando sonhamos por muito tempo com alguma coisa: a ideia sai de um mundo prático para habitar o de um mundo ideal, aquele onde não há preocupações concernentes a qual modo esse sonho irá se realizar e concretizar; há, somente, a preocupação do resultado a ser atingido. E qual ou quais resultados seriam esses? Não sei.
Me aproximo dos 50 dias de casa e lentamente fiz uma transição de redes sociais: deixei aquela das fotos por essa dos textos. Mal havia notado.
Tenho lido tantos autores aqui, que sinto com alguns uma certa familiaridade na escrita.
Tenho me inspirado, me provocado, me pertencendo. E essa é a melhor parte. Dos vários receios que tinha e que antes me seguravam a escrever, superei muitos e, dos que restam, consegui concretizar e objetivar em pontos claros e mais definidos. Não me entenda errado, leitor, e muito menos me interprete com arrogância, mas, para algumas semanas, estou muito contente com meu avanço.
Decidi que seria um soft opening, um crescimento orgânico e assim tem sido. Mas já estou pronta para falar com mais leitores, para ser alvo de críticas, objeto de escrutínio. Venham!
Um dia, enquanto colocava minha filha para dormir, recebi uma enxurrada de dúvidas internas. Quem é meu público? Para quem estou escrevendo? E, se eu escolho meu público, devo também me preocupar com o que escrevo? Seriam crônicas, reflexões, observações sociais, ou o quê? Se olho minhas leituras em busca de algum direcionamento, não me ajuda, leio de tudo.
Então viajei. E nada mais verdade do que o dito pelo historiador e pensador francês Hippolyte Taine:
On voyage pour changer, non de lieu, mais d’idées.
E, depois de 15 dias imersa em outro ambiente, com ventos de outros lugares, percebi que não escolho e nem escolherei meu público. Minha escrita deve ser encontrada por aqueles que se interessam por ela, e, meus assuntos, se interessam a mim, naturalmente serão de interesse aos que me leem.
Estou embarcando no que espero ser uma “refrescância” de mentes e ideias.
Nunca estive tão bem.
Para curiosos e interessados em história, uma pontinha de informação sobre o Valley Forge: https://www.nps.gov/vafo/learn/historyculture/valley-forge-history-and-significance.htm
que gostoso que é esse encontro com o que a gente nem sabia que precisava né? :)
Que palavra linda: refrescância
Me fez lembrar de interessância que é uma das minhas favoritas! Que venha quem tem que vir e que você seja sim encontrada por quem precisa te ler! ❤️