Entrada #20: A razão e a emoção num casamento
E na vida. E um carro novo. Meus 2 centavos e 1 pitaco extra.
E, de repente, amadureci e estou aqui escrevendo dicas sobre matrimônio.
Mas antes, vamos de avisos pretéritos e fundamentais: não sou um guru expert aconselhadora de casais, não sou psicóloga e, muito menos tenho um casamento longo e cheio de experiências que me trazem a tal da autoridade no assunto.
Então, por qual motivo estou aqui falando sobre uma dica para deixar seu casamento melhor?
Na vida, tomamos decisões (parece que esse tema anda persistindo) de duas formas: ou pela razão, ou pela emoção. Quando compramos um carro novo, por exemplo, podemos fazer a compra para saciar aquele desejo pelo simples fato de querer. Ou então, compramos o carro novo por motivos práticos como, por exemplo, um mais econômico, seguro e maior. No primeiro caso, estaríamos comprando pela emoção e, no segundo, pela razão.
Meu marido e eu trocamos de carro final do ano passado e adivinha? Pela emoção. Não nossa, mas do meu marido. Para ele, que fique claro, compramos pela razão, mas eis aqui outra lição de matrimônio: deixar o homem achar que está certo.
Sabe aquele lema: antes feliz do que ter razão? Alguém casado disse isso.
Passado o papo de emoção descontraída acima, e avançando no papo cabeça que me propus a escrever, é muito difícil deixar a razão protagonizar quando estamos vivendo apenas de emoção, o famoso “calor do momento”.
Quando somos submersos pelo acontecimento, quando somos jogados em valas onde só há conflitos sentimentais, confusão sobre o que se sente e, principalmente, quando não nos permitimos tempo para que nossas emoções processem o que está de fato acontecendo, dificilmente a voz da razão consegue entrar e colocar a casa em ordem.
E é nesse ponto que precisamos daquela pessoa que confiamos para colocar a razão de volta em seu lugar quando não conseguimos fazer isso sozinhos.
Claro que aqui você pode substituir o cônjuge por qualquer outra pessoa que te conheça, queira seu melhor e que você de fato ouça e leve em consideração, mas quando escolhemos aquela pessoa em especial, será que também não contamos já com ela para quando precisamos, que saiba intervir quando chega a hora?
Por muito tempo, fui resistente a essas intervenções. Porém, a idade avança e o casamento se solidifica e, no caminho, vamos aprendendo.
Agora já sei, quando a razão bater na minha porta, trazida de carona com meu marido naquele carro novo, ela será bem-vinda. Talvez, não com um sorriso no rosto (sejamos sinceros!), mas certamente com o coração e mentes aberto.
E esses são os meus 2 centavos em assuntos matrimoniais. Mas vai um pitaco extra:
Creio que os votos deveriam passar por uma revisão. Proponho o seguinte: “prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na razão e na emoção, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe”