Sexta a tarde: quantos planos e projetos é possível espremer em algumas horas livres? Sem compromissos do trabalho, sem ter que se preocupar com os filhos, podendo ter essas horas só para mim. E para meus pensamentos. E quantos são!
Arrumei uma tarefa com meu psicólogo. Arrumei, consegui, inventei, recebi, resgatei...os verbos podem ser inúmeros e variados, mas a ação em si é única. Fique à vontade, você leitor, para escolher o verbo que prefere pois, assim como numa sessão, aqui tantas são as verdades quantos as possibilidades.
Mas fato é, preciso publicar meu primeiro texto no Substack para a próxima sessão. E a isso não cabem interpretações, a tarefa foi clara e o desafio, aceito.
O que nos trouxe aqui, caro leitor?
Um desejo reprimido aliado com uma vontade de solucionar?
Na árdua odisseia do encontro com o eu, resolvi me desafiar: qual será meu propósito? Minha vocação?
Mas vamos por partes, pequenas e fracionadas, por favor!
De tempos em tempos recebo a visita do meu caos intelectual e faço com ele o que aprendi lendo Joan Didion: uso meu coping mechanism, que é a leitura. E assim entendi o porquê da minha estante tão eclética. São biografias, ficções, distopias, história, romances, psicologia, política, locais onde busco conhecimentos dos mais variados.
Esse projeto não é novo, nasceu há tantos anos que não saberia dizer quando. De uma forma um pouco mais objetiva, criei um blog que teve somente uma entrada. Nasceu tão repentino que morreu sem dizer adeus. Me faltava a dose de coragem necessária para enfrentar o desafio da escrita, e de assumir ela.
Vamos pular parte da trajetória e avançar para os dias atuais onde há um consenso, comigo mesma, de que preciso escrever. Não estou dizendo que minha vocação, meu propósito de vida é esse. Vamos simplificar a vida e adotar a versão social do laissez faire laisser passer.
Para escrever é preciso coragem, mais especificamente coragem para se expor. O Substack , como forma de impulsionar seus escritores, envia um e-mail com dicas para seu primeiro post e orienta o escritor a começar falando sobre si e sobre o que os leitores encontrarão em suas escritas. Olha a coragem dando o ar da graça!
E sobre exposição podemos acordar que escrever, de maneira genuína, é se abrir, se despir, se colocar à mercê de críticas, julgamentos, validações, pois, a cada palavra escolhida, cada expressão utilizada, cada frase montada há um sentimento à tona, uma ideia colocada e uma opinião tomada. E isso tudo é difícil.
Digamos que estou ok no quesito falar sobre mim. O segundo item tem a seguinte orientação: conte aos seus leitores o que eles podem esperar da sua coluna. E agora? Podemos combinar surpresas?
O projeto é esse mesmo, leitor: um convite para lá de abusado para que você participe e leia essa coluna que estreia sem tema definido, mas com uma escritora bastante corajosa.
Até a próxima!
Ameeeeei essa ideia! Ansiosa para os próximos textos!
não importa o tema, já quero ler o próximo! janela, abra!